Fraudes em seguros
A CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização) divulgou importante pesquisa sobre fraudes no mercado de seguros do Brasil. Tal pesquisa mostrou, em síntese, que os sinistros com suspeita de fraude representaram, em 2010, 9,1% do valor total de sinistros no universo pesquisado, sendo 8% abaixo do percentual médio observado em 2004-2008. Já as fraudes detectadas e as comprovadas foram, respectivamente, de 1,8% e 1,4% do valor dos sinistros em 2010, sendo 2% acima e 2% abaixo dos percentuais médios correspondentes em 2004-2008.
Além disso, a entidade apurou também significativa queda do índice geral de propensão à fraude contra seguros no Brasil que caiu de 41% em 2004 para 24% em 2010. De acordo com o levantamento, o percentual dos que não fraudariam o seguro de forma alguma subiu de 55% para 73% e o percentual dos que consideravam fácil fraudar o seguro caiu de 37% para 25% no período pesquisado.
Ótimas notícias! A fraude aumenta a taxa de sinistralidade das seguradoras levando a duas consequências: o acréscimo de prêmios como forma de reequilibrar os novos contratos de seguros e/ou o aumento de custos, pela necessidade de reforço dos mecanismos de regulação de sinistros. O preço do seguro subindo, a quantidade de seguros demandada pelos consumidores é reduzida comparativamente à situação anterior (sem fraude ou com fraude menor) e o lucro agregado das seguradoras, idem. A fraude, em suma, prejudica o desenvolvimento do mercado.
A tendência à fraude sofre o efeito de fatores de curto, médio e longo prazos. Dentre estes últimos, são importantes os condicionantes históricos e culturais do país em questão, a qualidade do seu sistema jurídico – a […]