O flagelo do desemprego
Segundo o IBGE, a taxa de desocupação no trimestre maio – julho de 2018 foi de 12,3% da população economicamente ativa (PEA), significando que 12,9 milhões de brasileiros com idade superior a 14 anos que procuravam ocupação estavam absolutamente desocupados.
Uma tragédia e mais ainda quando se sabe que o IBGE considera ”ocupadas” as pessoas que exerceram trabalho remunerado ou sem remuneração durante pelo menos uma hora completa no período de referência (semana anterior à enquete). Trata-se de conceito aceito internacionalmente objetivando medir, no grupo de pessoas ativamente procurando ocupação, aquelas que estão literalmente sem fazer nada.
Óbvio também que o conceito de desocupação é muito mais abrangente que o de desemprego, pois mede a ausência de trabalho tanto formal (registrado, do qual o emprego é o mais comentado) quanto informal (não registrado).
Chama atenção ainda o aumento espetacular da taxa de desocupação nos últimos anos: passamos de 6,8% da PEA em 2014 para os 12,3% na pesquisa do IBGE chamada de PNAD contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) que teve início em 2012 e capta mais informações que a pesquisa anterior (PME – Pesquisa Mensal de Emprego). Um aumento de 81%!
Felizmente, embora modestos, existem paliativos para o flagelo da desocupação. O mais conhecido é o seguro desemprego estatal, uma assistência financeira temporária (de cinco meses no máximo) concedida ao trabalhador formal dispensado sem justa causa, ao empregado doméstico idem, ao pescador artesanal no período do defeso, ao trabalhador resgatado (em situação semelhante à escravidão) e ao trabalhador formal com contrato de trabalho suspenso para participação em programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador. O valor das parcelas mensais varia de um salário mínimo (R$ 954,00) a R$ […]