Categorias: Insurtech

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Nina Teixeira

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Desde o surgimento do Open Banking no Brasil, apoderar-se de total autoridade acerca das suas informações financeiras, é o cenário perfeito para o consumidor. Essa concepção se alastra conforme as novas implementações de fases do ecossistema. 

O objetivo do Open Banking é transigir o compartilhamento de informações e serviços dos consumidores entre as instituições financeiras (sendo bancos tradicionais e fintechs). Incluído a essa inovação, as seguradoras estão compondo um ecossistema de compartilhamento de informações, que se titula como Open Insurance.

Em resumo, o Open Banking trata da troca de dados financeiros. Não obstante, o Open Insurance envolve as informações de seguros e previdência.

Em um evento denominado de “Expert 2021”, a temática foi sobre o Open Insurance. Importantes nomes do mercado da previdência e seguro, estiveram presentes. Dentre eles, pode-se citar: Amancio Paladino, diretor de investimento da XP Seguros, Victor Bernardes, diretor da SulAmérica e Henrique Diniz, diretor de previdência da Icatu.

O que é o Open Insurance?

O Open Insurance é um projeto desenvolvido, recentemente, que está anexo ao Open Finance, pelo qual, é um integrado e completo ecossistema, que além do setor de seguros, detém também, o Open Banking, de modo que foi desenvolvido no Brasil, neste ano.

O Open Finance planeja realizar a inclusão do Open Investments, que será o compartilhamento de dados da seção de investimento, com o intuito de melhorar os serviços prestados.

Para que você possa entender, o modelo atual do Open Banking será substituído pelo Open Finance. Esse novo modelo irá abranger o compartilhamento de dados de outras áreas do mercado, não somente, de bancos e fintechs. Ou seja, ao utilizar esse sistema de finanças abertas, o indivíduo conseguirá compartilhar dados, também, entre corretoras de seguros, fundos de previdência, companhias de câmbio, etc.

Amancio Paladino alegou que para o Open Insurance, o objetivo é desenvolver um mercado de seguros abertos, na hipótese de que haja aprovação pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), na qual, regulamenta este segmento.

A possibilidade de compartilhar dados de produtos, históricos e transações, fará com que esse sistema de seguro aberto beneficie milhares de brasileiros. O intuito é apresentar propostas mais cabíveis aos clientes, oferecendo planos personalizados, em concordância com suas necessidades.

Como funcionará o Open Insurance?

O Open Insurance será efetivado, no Brasil, gradativamente. Haverá fases de implementação, a primeira delas começará do dia 15 de dezembro de 2021. O objetivo desta primeira fase é de contemplar o compartilhamento de informações públicas de empresas alusivas a produtos e canais de atendimentos.

A segunda fase, fará com que os consumidores consigam compartilhar suas informações pessoais com as empresas tradicionais de seguro e com as insurtechs.

A execução dos serviços, por intermédio do ecossistema, será realizada na 3ª fase, que está prevista para começar do dia 1 de dezembro de 2022, quase 1 ano após o início.

As instruções a respeito das regras do Open Insurance, foram informadas, em julho de 2021, pela SUSEP. Ficaram estabelecidas várias condições para que os clientes pudessem compartilhar e acessar suas informações com outras seguradoras ou insurtechs, de maneira segura, precisa, ágil e conveniente.

Por que começar o Open Insurance neste ano?

Henrique Diniz, diretor de previdência da Icatu, no Expert 2021, alegou alguns fatores, nos quais, fizeram com que o Open Insurance fosse desenvolvido ainda no ano de 2021: 

“Tudo começa com a demanda dos clientes: cada vez mais as pessoas querem ter uma experiência digital, além de mais informação e mais transparência. E hoje, o mercado segurador, ainda é complexo para a grande maioria dos brasileiros, pois tem produtos financeiros que nem todo mundo é próximo, usa ou conhece – ainda falta democratizar mais o acesso”.

É evidente que houve crescimento na procura de novos planos de seguro. Visando atender essa demanda, as seguradoras investiram para que houvessem melhorias nos processos, podendo destacar que, uma destas, foi na previdência, com a portabilidade, que possui o objetivo de desburocratizar movimentações que os clientes podem realizar.

Com o Open Insurance, o mercado de seguros se torna mais acessível aos clientes, trazendo benefícios não só a estes, mas também às seguradoras, afinal, a busca por seguros e fundos de previdência, vem crescendo. 

Verdade é que no primeiro semestre do ano vigente, houve um aumento na procura destes produtos, equivalente a 42%, o que sem dúvidas, é resultado da atuação das insurtechs, pois, através delas, é possível encontrar juros mais baixos, obter ofertas de fundos de previdências ainda melhores, menos burocracia no processo de efetuação de contrato, personalização dos planos, etc.

Em se tratando da previdência privada, muitos clientes que tem objetivado planejar aposentadoria ansiando um retorno maior, que o conferido tradicionalmente, o confere a tomada de decisões mais arriscadas, como, por exemplo, os fundos de investimento.

Quais são os Benefícios do Open Insurance?

O principal benefício do Open Insurance é oferecer mais autonomia aos clientes, para que possam tomar as melhores decisões possíveis, através dos seus dados e de acesso facilitado às informações.

Dentre os outros benefícios conferidos pela mesma, pode-se destacar que estas têm buscado agregar serviços associados ao Open Finance; otimizar buscas por cotações e desburocratizar contratos de seguro ou de investimento; comunicar-se com agilidade.

Além disso, um benefício de grande valia, diz respeito à portabilidade de dados, o que facilita anda mais a contratação. Assim, caso o consumidor queira mudar de seguradora, bastará autorizar o compartilhamento dos seus dados pessoais.

Por fim, pode-se afirmar que a expectativa de crescimento está cada vez maior, sendo impossível prever quais os próximos produtos e serviços, surgirão com o crescimento do Open Insurance, no Brasil.

O Diretor da SulAmérica, Vitor Bernardes, explica:

“O primeiro efeito que podemos esperar, a partir, disso é, mais competição. E isso vai refletir em preços menores, relacionamento mais atencioso com o cliente, e, naturalmente, as instituições participantes, não só do Open Insurance, mas do Open Finance, vão precisar se adaptarem às demandas do cliente. Não é mais a commodity de prateleira apenas para perfis financeiros, demográficos e familiares diferentes, será preciso desenvolver customização em todos os níveis”.

Assim, conforme as palavras do especialista, cumulado com todo o exposto no decorrer deste artigo, pode-se concluir que, a mudança de poder das empresas de seguro para os clientes, gerará mais autonomia, confiança e transparência ao consumidor, o que fomenta a contratação de novos produtos e consequente beneficia as empresas envolvidas que aumentarão as suas vendas e também sua popularidade.

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    Nina Teixeira

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    Marketing da Genebra Seguros.