Medicamentos de alto risco: Como evitar a responsabilidade civil médica?
Os erros de medicamentos de alto risco, que resultam em danos aos pacientes, são um sério problema e sua prevalência é maior nos hospitais do que no ambulatório, visto que em tal ambiente ocorre a administração de compostos complexos.
Define-se medicamento de alto risco aos que são capazes de causar dano grave ou morte, caso ocorra um erro em sua utilização. Por esse motivo, o manejo dessas medicações deve ser prioridade na gestão de risco, da assistência à saúde.
A maioria da literatura traz como medicamentos de alto risco aos antiplaquetários, opiáceos, insulinas, sedativos, potássio intravenoso (cloreto ou fosfato), medicamentos que são administrados pelas vias epidural ou intratecal e metotrexato oral (uso não oncológico).
Todos esses fármacos podem causar danos irreversíveis. Dessa forma, é de suma importância que se conheça os princípios de tais medicações, os riscos que elas podem trazer, as dosagens seguras, seus antídotos ou ações que podem reverter seu efeito e toxicidade.
Outros fatores de risco, quando se trata dessas medicações, são as interrupções e abreviaturas. Quanto mais o profissional é interrompido no preparo e prescrição dos medicamentos maior a chance de erro.
Pensando em minimizar tais dados, deve-se implementar medidas que reduzam as chances da ocorrência de erro:
– Padronizando os medicamentos de alto risco;
– Suas doses e concentrações;
– Limitando a disponibilidade no armazenamento, sendo solicitado apenas quando houver necessidade.
Dentre outras.
Segurança na administração de medicamentos de alto risco
Outra maneira de prevenir os erros atrelados à medicação seria tornando os erros visíveis. A seguir, conheça algumas práticas que podem ser adotadas:
1) Adoção de sistemas de dupla checagem: ao envolver dois profissionais diferentes em um mesmo cuidado, torna-se mais difícil que o erro […]