Coronavírus: Risco sistêmico de pandemia por novos patógenos
O novo Coronavírus que surgiu em Wuhan, na China, foi identificado como uma espécie mortal e altamente contagiosa. A resposta da China até o momento incluiu restrições de viagens em dezenas de milhões nas principais cidades do país, em um esforço para diminuir sua propagação. Apesar disso, casos confirmados já foram detectados em muitos países em todo o mundo, e há dúvidas de que essa contenção seja eficaz. Este texto descreve alguns princípios a serem seguidos em relação a esse processo.
Claramente, estamos lidando com um processo de extremo índice de risco devido a uma maior contaminação, o que aumenta a propagação de maneira não linear. Os processos com fat-tailed nas estimativas de risco têm atributos especiais e tornam inadequadas as abordagens convencionais de gerenciamento de riscos.
Princípio geral de precaução
O princípio geral de precaução (não ingênuo) delineia as condições em que ações devem ser tomadas para reduzir o risco de colapso, e as análises tradicionais de custo-benefício não devem ser usadas. Com o tempo, a exposição a eventos de risco leva a uma extinção circunstancial. Embora exista uma chance muito alta de a humanidade sobreviver a um único evento desse tipo, ao longo do tempo, pode haver possibilidade zero de sobrevivência a exposições repetidas. Embora riscos repetidos possam ser assumidos por indivíduos com uma expectativa limitada, as exposições ao perigo nunca devem ser tomadas no nível sistêmico e coletivo. Em termos técnicos, o princípio da precaução se aplica quando as médias estatísticas tradicionais são inválidas, pois os riscos não são ergódicos.
Empirismo ingênuo
A seguir, abordaremos o problema do empirismo ingênuo nas discussões relacionadas a esse assunto.
Taxa de espalhamento: estimativas baseadas historicamente para pandemias […]










